A "coisa" andava a ser preparada há muito. Dificuldades várias ultrapassadas, (ingredientes e saber qual era esta abóbora cá no nosso canto), aí vai.
Jerimum Jacarezinho é a nossa abóbora almiscarada. Também se pode fazer com a abóbora menina que os brasileiros chamam de moranga e no alentejo também é esta a sua graça.
A receita é do Chefe César Santos, do restaurante Oficina do Sabor, Olinda - PE, e por isso está em Português do Brasil:
Ingredientes
Prato principal
15 camarões pré-cozidos e descascados
4 lagostas pré-cozidas e descascadas (1)
½ cebola cortada em tirinhas
1 colher de chá de tempera tudo (mistura de sal fino, realçador de sabor e ervas finas)(2)
1 colher de sopa de manteiga
1 colher de sopa de azeite de oliva
1 colher de sopa de mostarda
10 frutos de zimbro
1 colher de chá de endro
1 jerimum jacarezinho de 1½ kg
1 colher de sopa de requeijão (3)
2 xícaras de calda de maracujá (xícara = chávena de chá)
Maisena
Calda de maracujá
Polpa de 4 maracujás
½ xícara de açúcar
2 xícaras de água
Modo de preparo
Calda de maracujá
Junte as polpas com o açúcar e a água. Mexa bem com o auxílio de um fouet e passe pela peneira.
Prato principal
Doure a cebola na manteiga e no azeite em uma panela. Acrescente a calda de maracujá com um pouco de água (4) ( e tempere com o restante dos ingredientes. Coloque os camarões e as lagostas na panela, deixe cozinhar um pouco e engrosse com maisena diluída na água. Reserve.
Abra o jerimum com um tampo e retire toda a semente. Lave a casca (lado de fora) com sabão e água(5), depois, coloque no forno em um tabuleiro com água. Deixe cozinhar por cerca de 30-40 minutos. Depois do jerimum cozido, retire-o do forno e o recheie com os frutos do mar que preparou anteriormente. Finalize com uma colher de requeijão.
(1). A lagosta no Nordeste do Brasil é diferente, relativamente barata e cabe na palma da mão. Por motivos óbvios não usei. Para 3 doses usei 18 camarões.
(2). Realçador de sabor é glutamato monosódico e pelo que li não é lá muito saudável. Por isso, e por achar que não iria acrescentar nada, não usei. A marca Aji-no-moto comercializa. A mistura de ervas finas fiz como está noutro post.
(3). Requeijão no Brasil não é a mesma coisa que cá. Não consegui encontrar à venda por isso, e aconselhado por amiga brasileira, usei queijo Eru para barrar, a embalgem inteira.
(4). Usei a de cozer os camarões, com 2 colheres de sopa bem cheias de sal por litro de água. Não foi necessáriio usar mais sal.
(5). Parece-me mais lógico fazer esta lavagem antes de abrir a abóbora.
- Os brasileiros usam e abusam do açúcar. Na calda do maracujá usei 1/3 da dose e usei 6 maracujás, tinha comprado mais 2 não fosse o caso de algum estar estragado.
- Usei uma colher de chá rasa com farinha Maizena dissolvida num pouco de água de cozer os camarões.
- Os camarões só entraram no tacho mesmo no fim com o molho já com a consistência pretendida, só mesmo para serem envolvidos.
Pois bem:
A abóbora do sacrificio
(devia ser mais pequena mas foi a que encontrei no mercado da Ribeira)
Sem a tampa
Limpa de sementes e fios
(com uma colher)
Calda de maracujá (ainda sem ser passada)
Mistura das especiarias
O começo das hostilidades
Pronto para ir para a abóbora
O queijo usado em vez do tal requeijão
Pronto para ir à mesa
Coloquei primeiro os camarões, depois meia embalagem do queijo, por cima o molho e finalmente o resto do queijo.
Uma visão gourmet
Uma mais honesta
Para um prato com sabor suavemente doce nada melhor que
Segundo o contra rótulo: "... Aromas intensos a fruta de bago vermelho com notas de baunilha e alcaçuz. É sólido no paladar, com cereja e framboesa em relevo, e terminando com uma boa acidez."
As coisas que eles descobrem num copo de vinho!
A música ambiente?
Do grande admirador e residente de Olinda, que tb ama Lisboa...
VALEU!!!!!













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