sexta-feira, 25 de abril de 2014

25 de Abril de 1974 - 40 Anos


sophia de mello breyner







A 1ª SENHA



Camarada dos tempos de tropa do Otelo Saraiva de Carvalho, radialista da Rádio Peninsular, dos Emissores Associados de Lisboa, quando abordado para transmitir a senha para o avanço da Revolução, perante a proposta de passar uma música do Zeca, propôs a do Paulo de Carvalho, que na altura tinha concorrido no Eurofestival, e por isso, ao contrário do Zeca que era proíbido de passar na rádio, não levantaria suspeitas. Ainda pôs a seguinte questão ao Otelo: E se correr mal? Resposta: Tu vais para Caxias e nós para o Trafagal. A frase chave era: "faltam cinco minutos para as vinte e três horas"

A 2ª SENHA

Às 00:20 H (com um atraso de 19" devido a uma troca de bobines) entra no ar a canção "Grândola, Vila Morena" de Zeca Afonso, emitida pela Rádio Renascença. Rádio sob dupla censura, a do Governo e a da Igreja, que na altura proibía a música inicialmente escolhida para senha, "Venham Mais Cinco", também do Zeca. Foi no programa "Limite" em que Carlos Albino, que sugeriu a música para senha, era um dos responsáveis.




OS HERÓIS ANÓNIMOS




 Fernando Sotrtomayor

O comandante do chaimite que ordenou aos seus comandados que só disparavam com ordem dele. Desobedeceu à ordem de fogo sobre Salgueiro Maia, dada pelo brigadeiro Junqueira dos Reis.





José Alves Costa

Cabo apontador, recebeu instruções para disparar sobre Salgueiro Maia e desobedeceu à ordem directa de um brigadeiro. Trancou-se dentro do blindado M47 e não fez nada. Assim ajudou a mudar a face do país. Salgueiro Maia disse mais tarde que foi naquele momento que se ganhou o golpe.




O ANTI-HERÓI







Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!


O CRAVO


Foi Celeste Caeiro, que trabalhava num restaurante na Rua Braancamp de Lisboa, quem iniciou a distribuição dos cravos vermelhos pelos populares que os ofereceram aos soldados. Estes colocaram-nos nos canos das espingardas.




A IMPRENSA







A FESTA DE 2014



Os Deolinda



Como cantou Chico Buarque, foi bonita a festa, pá...
Mais tarde cantou "Já murcharam tua festa..."

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